terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

e sim,
depois do carnaval meu ano vai começar a correr.
rumo minha espada aos ventos!
para realizar meus sonhos de velho hippie.
é tempo de plantio e as sementes que serão plantadas por mim nesse meu mundo geológico vai ter amor como adubo.
claro, pra não cair na rotina muita putaria também,
sem nunca deixar de velejar.
hoje voltei a lembrar
da minha cena com ela
em dezembro de 2006:
simpatia, poesias e troca de sorrisos
no nosso primeiro e único encontro à sós.
lúcidos
os nossos lábios não se tocaram.
dói o coração.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

colonizando sonhos
imaginando fatos
me faço e me desfaço.

de meras conversas em bares
às cenas
que meus olhos vêem quase atento.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O amor não vivido
A vida no apertar do gatilho..
Chega de cerveja por hoje.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

B

quero teus cachos entre os meus dedos
quero teu sorriso eu meu peito
a tua cor acanelada na minha
quero te possuir, beibe.
todos meus amigos foram buscar seus caminhos torteantes
e eu me sinto muito só.
este ano novo e turbulento (não para mim, mas para o mundo)
me surgiu da forma mais tranquila possível. não firmei nenhuma meta e vou mudar meu destino conforme a dança do vento.


[primeiro escrito de dois mil e nove.]

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

desenho

de tudo fiz desenho

da vida
e da morte
e dos meus amores

dores que eu criei
iludido

por vários anos foi assim.

rasguei meus desenhos

e me fiz de novo.
diante das lágrimas lembro do teu nome.
blefei contigo você comigo.

sonhávamos juntos,
tão puros e seguros de nós mesmos que bastou isso:
sonhar.

esquecemos de viver para sonhar.

te despertaram

dormi até ontem.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

larissa

larissa me matou por um ano e alguns meses.

sobrevivi, depois,
com pupilas dilatadas
e lágrimas também
em meio a noite perdida.

nostálgico eu era, cuyabá e as nossas conversas
regadas ao futuro - no mato órfãos da globalização
e muito rock rural.

o encanto acabou, encontrou seu novo amor.
eu costurei minhas feridas e virei dom quixote.

overdose

Bate o sino dá meia noite,
o vento que corre afoito assopra gelado o novo dia que chegou.

Quem está se importando para as horas?
A missa começa às 7, o patrão me espera às 8, e o futebol começa às 4.

Qual é a hora da morte?
Quando começa a transmissão, o seu sermão e o tormento?

Tenho pressa.
Chuva chovendo. Corro.

Espero a alvorada sem sino, sem sina.

Cuiabá sob meus pés no mirante do meu sonho.
É cinco e meia da manhã.

mis ojos

Meus olhos cansaram.
Direita, esquerda
Arriba, abaixo

BRILHO!

Meus olhos estão exaustos
Não há horizonte
Tudo cinza.

Murcharam
E convenceram também o coração

Cadê você amor?

Meus olhos afogaram.
Lágrimas, lágrimas

poetero

Eu queria ser poeta
Fazer de tudo confusão

Enrolar nas entrelinhas metáforas
Indecifráveis, confusas
Só de sacanagem.

Eu queria ser poeta

Pra ser a mosca da sopa
Pra amarrar o sorriso
Desmascarar o encanto

E fazer velejar os perdidos, débeis e amantes.

Eu queria ser poeta
Assim, multi-uso

Pros alegres e tristes
Pras crianças e velhinhos

E ricos de alma
E os sem calma
E os sem nada.

Eu queria ser poeta
Nem alegre nem triste.

perverso no meu verso

infinito é o prazer em um instante.

intensidade.

pernas entre pernas.

o orgasmo é o símbolo da paz.

ô nêga,

É com você que quero gingar no bolero
delirar
a litros de vinho
Assim...
Feitos loucos,
amantes
Pecando nesse mundo órfão de tudo...
Até que nossos corpos suados sosseguem
Sobrando só sorrisos colados
Isolados no nosso espaço sideral.

Caixa de Surpresas

Todo dia se enchia de esperança quando acordava. Achava uma divindade, o mundo não acabou.

Se preparava para surpresas, e nada.
Contentou-se então de somente viver, nem esperar, nem amar, viver enfim. mas, como é que se vive? Se cançou.

Rasgou o vestido, trepou com o nego da verduraria, extravasou e se arreganhou, até vibrar suas entranhas e artérias, parou.

Sem sentido, sem cor, sem graça, sem nada. Era a vida como via.

Resolveu buscar Deus. Foi a igreja pedir mil perdões. Ajoelhou-se, arrependeu-se. Fez da vida mentira. Enjoou-se do domingo matinal, blefou.

Foi pro bar. Descobriu a cachaça e outras desgraças dali e resolveu se embalar. Vista como vadia, mulher da vida, chorou. Borrou sua maquiagem já era fim de tarde não agüentou, suicidou.

Mas nos últimos segundinhos dessa ingrata irreversível, foi que percebeu quer era ela a responsável de fazer acontecer e não esperar e ver pra crer. Aí, perto do fim viu quer uma caixa e as surpresas ela que tinha que inventar.

Inútil Aprendiz

Trancado dentro de mim mesmo a sete chaves
as grades da mágoa e da ilusão
me prendem num cubículo perfeito.

Visita íntima?
Só da dor que vem ao meu encontro,
que me enche de encanto quando ouço o canto dos pássaros
e quando vejo o brilho do sol, da lua como que essa solidão um dia chegaria ao fim.

Fantasias rabiscadas nas paredes do desencanto

Palavras de amor mortas ao relento no papel eu fiz.

Inútil aprendiz.

Ainda teimo em me encontrar
refúgio em sorrisos amarelos,
que sempre se vão como os pássaros,
livres.

Preso e condenado.
Pra sempre (?)
Oh inspiração que nunca vem
encaro esse papel por horas... e nada.
o que te motiva, amigo?
a mim, nada mais,
espero apenas o amanhã (se vier)
com flores.
[fim. por falta de inspiração]
K

amará

Meu amor, quando você chegar
Peça que o sol demore a raiar
Chegando, de mansinho, beije-me.
E me perdoe pelo cheiro do cigarro.
Meu amor, quando eu acordar, me dê seu sorriso radiante
E me xingue e bata quando eu te pegar pelo colo e começar a girar.
Vou colher as frutas lá fora para o nosso café da manhã.
Meu amor, quando eu te amar
Prenda a lua no meio do céu, e preencha-os de estrelas.
O mate já está bolado, e cantarei rock rural pra você, e depois, quando você enjoar, te matarei de amor!
Ah, antes de morrer, meu amor, Ria pra mim novamente.
Te amo.

metamorfótico

O legal de tudo é que
O tempo vai passando...
Vou aprendendo...
Descubro que as verdades que eu acreditava no passado não fazem o menor sentido agora,
E o que eu acredito hoje não fará o menor sentido amanhã,
Eu sei é tudo sem sentido.
É foda ser metamorfose ambulante.

Perdido

Perdi-me em meios às palavras dos livros
Perdi-me em meu quarto
Perdi-me de mim.
De quê adianta meu sorriso amarelo?
De quê adianta o seu?
Para o mundo se a nossa felicidade é fingida, amor.
Você não está bem, se vê.
O amor que era pálido está sem cor,
A verdade que era oculta está sem sujeito.
Vamos nos encontrar
Vamos brincar na chuva e deixar a maquiagem que nos cobrem limpar, Venha, amor.

O Avião

Naqueles dias em que o sol cansou de queimar lombo de neguinho e a chuva voltou a dar o ar da graça nas tardes tediantes, o pessoal andava meio pensativo, refletindo...
O regime, a caminhada no fim da tarde, as economias, mudança de atitude etc. Essas besteiras que agente só pensa quando é fim de ano.

Depois de mais um dia desgraçado, café rápido, ônibus às seis, patrão falando merda. Chegou o fim do expediente, em que todos se aprumavam para ir embora, no caminho as reflexões e os pensamentos invadiram a mente de toda essa massa. Massa que variavam de dezesseis à cinqüenta e poucos anos, todos matutando rumo ao ônibus.

E nessa caminhada um avião, monstruoso, fabuloso de tão grande, chamou à atenção de todos, que ergueram suas cabeças pára o céu azul e limpo, franzindo a testa. E refletindo todos no fundo de seus corações sentiram vontade estar naquele avião, aonde é que ele fosse, e começar tudo do zero, tudo de novo, de errar, de aprender, de satisfazer seus anseios e vontades e não mais promessas na época natalina.

E passou o avião, e a atenção voltou a lucidez. O sonho foi-se embora junto com o avião por esse mundo órfão de tudo, e baixaram suas cabeças, convictos que todo ano é a mesma coisa, os mesmos problemas, o mesmo caos, e no final de ano as mesmas promessas voltam.

Homem Nenhum

Cansei de respirar entra quatro paredes e tragar fumaças infinitas de cigarros, vou ver a vida lá fora.
Saio, o contato com o vento e a energia lunar me da alegria e eu caminho feliz.

Até quando o mundo é além do meu quarto?

Trago mais, mais e mais. Paro num bar pra uma dose de cachaça.

Visões de mundo. Filosofias de boteco.

Eu não tenho visão, pra mim o mundo é uma bola dançante entupida de futilidades.
A minha filosofia é pensar, mas nem penso mais, viajo. Vivo por viver, me resta só.

Caminho.

Existe sim caminho infinito, é o meu.
Tenho tantas estórias... e parte dessas estórias ta aqui nessas folhas em minha bolsa.

Amor.

Tão abstrato quanto eu...
...é tudo que vale a pena. Todos os amores bem-vindos, por favor. Do mansinho, do chorado, do rasgado... O meu é amor de louco!
Mas eu não amo mais... Não sinto mais... Esqueci de mim, esqueci o amor.

Desço a ladeira, viro a primeira à esquerda, escorrego, a cachaça sacode meus neurônios já podres. Acho um rio.
Brisas, de vento e de fumaça me cercam.
A lua está gigante, a maior que já vi.

Mentira.

Minto sempre, minto pra todos, minto pra mim.
Choro. Choro muito, to cansado, to mentindo, to abandonado, não tenho nada! Nem casa, nem dinheiro, nem destino, nem cigarros PORRA acabou o cigarro!

Acabo-me.
Durmo
Sonho.

Sobrevivo-me. Mergulho no rio vivo de novo!
O peso da vida está em minha mente. Formigante, delirante.
O barulho do capitalismo inferna meus ouvidos, caminho pela cidade – plock, plock, plock .

Corro, fujo, paro, ofego descanso.

Procuro não sei o quê.
Dizem que o cigarro tem 4.200 substancias química, acho que todos os cigarros somados fazem efeito agora, pirei.
Caramba! O que eu to fazendo?

Prédios, prédio, prédios, me perdi, eu não me acho.
Meu coração pula, gira, sei lá! Nunca corri.
Começo a girar, caí, to viajando, não ouço nada, só vejo coisas legais, coloridas, flores, árvores, flutuo, é lindo tudo isso! Carambaaa! Olha o Jonh Lennon, cara! Agora tudo branco, branco...sinto paz...Meu Deus, eu morri? Não!

Lembro de tudo que não fiz, como se fosse um sonho... choro, esqueci de viver! Meu coração se acalma, sinto o que m fazia falta, o AMOR, ahhh...o AMOR... lembro das coisas boas... MÃÃÃÃÃE! DÁ OI PRA MIM!! Caramba! O céu é muito legal

Meu coração pára.
Fim do jogo.
Kauan

Para: Nóia

Estou cansado dessa vida podre, de mentiras e verdades misturas às poeiras na mesa de jantar,
Estou cansado dessas futilidades, o escambau de maquinarias de alienação, quero espandir.
Tu, que paira nas mentes dos loucos
Tu, que balança os neurônios
És tu, que preciso agora.

K.

Beco do Candeeiro

No gueto central de Cuiabá
a vida é diferente, a vida se difere
seja pelo gosto da cachaça,
seja pelo cheiro acre do beco abandonado que cheira a lixo,
seja pela iluminação de baixa lucidez que realça o cabaré, que ilustra a alegria dos abandonados por si, do trabalhador, do maluco e do vagabundo.

Nas entranhas deste beco há magia.
O suor do cansaço em suor de prazer,
A preocupação cotidiana em desejo infinito,
Desejo de sexo, desejo de mais cerveja, desejo de esquecer-se, de se afogar na mulata.

Ao ritmo das músicas que falam de abandonos de cornos impulsa 1, 2,3... Copos de álcool que sobe a mente e pira o cabeção que alegra o infeliz.

A noite anoitece infinita.

A puta que rebola convida os senhores ao prazer, ao delírio, delírio que não se sente ao ver futebol, é o delírio que suas mulheres necessitam e gemem caladas...

As putas são como anjos, sempre sorridentes e convida os leprosos ao ápice das alegrias.

No beco do candeeiro reina a magia
Reina o delírio
O prazer
O sexo
A cerveja
A vida.
Poesia escrita no ano de 2006. Achei esses dias na minha gaveta. Não corrigi os erros para nao perder a sua essência poética, como a ingenuidade, etc. Comentem, abraços de energia positiva!
Rumores distantes de outrora,
Lua brilhante no céu
Poesia mal feita no papel.
Idéias por minuto
Planos pro futuro
Presente vivido
Passado esquecido.
Ilusões na cabeça,
Paixões é incerteza
Romance estelar.
Violão desafinado
Filmes de tarado,
Quer algo pra tomar?
Tempo perdido
Amores não tidos,
Solidão.
Mundo girando,
Pessoas chorando,
Eu sorrindo.
Solidão com sorriso,
Amor impossível
Nas pequenas coisas, alegria.
Um cara novo todo dia.
Amor, amor, amor Como filosofia.
Amor, amor, amor Ali na esquina?