sexta-feira, 17 de julho de 2009

ao acaso

incerto busco certezas.
motivos pra seguir ninguém dá
só se vê
(vive!)

espero muita coisa.
talvez devia levantar
buscar
fazer acontecer...
mas, sabe?
enxergar só é difuso,
quase preciso - quase.

busco o além.
de mim, do mundo e do amor.
sim, do amor.
coisa essa maldita,
que vivo a tanto sonhar.

oco.

as noites me passam sem porquês.
(queria ter um telescópio)
quero escrever um samba,
mas pra quêm?

há sentidos
certezas
motivos
quando há amor.
fim de papo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

no escuro
e no silêncio
tudo é
infinito.
é de tarde e os pássaros não cantam -
se é que existem pássaros ainda -
faço sonetos intermináveis para nínguem
e o cigarro que trago me tráz sempre o pensamento vago, lúcido e fantástico.
todos meus amores cicatrizaram. meus amigos partiram.
não vejo navios no cais.