alterado pelas intempéries do tempo
que mal sinto correr das minhas mãos
me apego pelos porquês, oh porquês
existentes, persistentes da vida, oh vida.
ela perguntou: 'pra que diabos se apegar a isso?'
atordoado, nada disse. se escolhi me perder em mim
como me encontrar nas indagações de raul seixas, da bíblia, dos jornais
e nas indagações que invento perverso?
talvez o sonhar bastasse numa noite sem estrelas
talvez o romance bastasse numa tarde sem o balançar da rede
se a cuca não pára, não pára
abrasão de pensamentos, bola de neve.
por vezes queria não acordar.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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