domingo, 8 de novembro de 2009

sinto o peso do silêncio como noutro dia entre nossos lábios.
os pensamentos voam, se entrelaçam em encontro ao nada e se desfazem.

acendo o cigarro pra esfumaçar meus becos internos com suas vidas de alta complexidade sem me preocupar com as consequências.

arrombamento espiritual. demasiadamente descrente da nossa gente, oh gente! o Rio de Janeiro não continua lindo há tempos. não há nada pra mudar tudo.

eles estão surdos.

o mundo é o umbigo de cada um. a noite, avessa à mim, se encontra fantástica lá fora com bilhões de estrelas com suas idades fantasmóricas.

o sonho acabou, a realidade é o que nos resta. meu pessimismo me surpreende já que em outrora comia flores e via pássaros.

onde está lennon, zappata, gandhi, marley, buda?
será que o darwinismo explica?

não há flores, praias nem beleza
só tristeza e fumaça.

Um comentário:

  1. Todo esse pessimismo preenchido de vazio, só pode ser consequencia da fumaça e da ausência de beleza.

    Entre um gole e outro: a poesia! Um abraço.

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