quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Era pra ser soneto

te esperarei entre aquelas árvores velhas
onde escrevemos nossos nomes entre flechas
que fizeram sombras a tantas de nossas conversas
e apaziguaram a ira do sol
pesando nossas cabeças, tirando nossas certezas
nos fazendo sonhar sonhar além Cuiabá.

te encontrarei são
desarmado de mágoas
de passado do afago
mas de fogo não.

eu voltarei depois da hora perdida que você fugir
da cachaça, da ponta à me implodir
da música triste que há de tocar no bar desolado
perdido em meio de tragos
você vai predominar minha mente
vai me fazer demente até chegar a hora de chorar.

segurarei de súbito as lágrimas
me acostumarei solo e vago
e novamente armado e refeito direi:
aventuras juradas em teu nome passadas.

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